quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Glory Days


18/12/2014

Dear diary,
Ontem acidentalmente percebi porque é que as pessoas tinham os seus chamados "Glory Days". Quer dizer, já tinha percebido o porquê de nós os termos; não tinha percebido era como recuperar os meus...
Quando alguém fala do tempo em que tinha felicidade, é porque em geral já não a tem. E normalmente essas pessoas, se não encontraram a felicidade de outra forma,  vivem em depressão.
Vejo tanta gente a relembrar os tempos em que fez história, com lágrimas a cair do canto do olho... Eu também era assim, eu era a pior deles todos. Parei num século e não conseguia sair de lá, enquanto todos tinham continuado. Ontem percebi o porquê... Tantas entradas que dei neste diário a explicar que tínhamos que ser únicos, que não podíamos ligar ao que os outros dizem, que tínhamos que ser autênticos, que éramos jovens e fazíamos o impossível... E no entanto nunca me apercebi que a resposta para a minha depressão estava no meu diário.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Too much


17/12/2014

Dear diary,
Acho uma enorme piada às pessoas que se põe a dar bitaites sobre a minha vida sem saberem um quinto dela... Se são pessoas que sabem mesmo aquilo porque nós passamos, aquilo que sofremos, aquilo que nos fez sorrir, aquilo que nos deixou com medo, viciados... então tudo bem, que sejam os primeiros a falarem comigo, a comentarem as minhas atitudes e darem-me conselhos. Mas se eu não comento as atitudes de ninguém, se eu deixo os outros na sua paz; porque é que continuam a tentar rebaixar-me a todo o custo?

sábado, 13 de dezembro de 2014

Find the Differences


13/12/2014

Dear diary,
Não vejo mal nenhum em viver num lugar pequeno. Um lugar pequeno não quer dizer propriamente que é mau. O mal é se nós virmos esse lugar como pequeno... Uma aldeia pode ser um sítio de sonho para certas pessoas viverem, com uma grande diversidade de tarefas diárias e com o carinho dos vizinhos assemelhados a família. E por outro lado, Nova Iorque pode ser um lugar pequeno, tanto pela imensidão de pessoas, como pelas vezes que acabamos perdidos no Central Park; basicamente não nos conseguimos encaixar num lugar tão grande, que acaba por não ser suficiente.
Acho que já te dei a entender que sou uma rapariga que necessita obrigatoriamente de um equilíbrio, além de não o ter (eu sei que é esquisito...). Basicamente há certas alturas da minha vida onde dava tudo para viver em Beirais, enquanto noutras NYC era mesmo a minha cara...
O fundamental da questão se será pequeno ou grande o local onde habitamos não tem nada a ver com metros quadrados. Mas sim com as pessoas com quem te dás. Principalmente aquilo que está à tua volta. Podemos viver apertados em Barcelona, mesmo vivendo com as pessoas que gostamos; e podemos viver livremente numa aldeia, com pessoas que simplesmente somos colegas. Ao seja, não é facto de estares com as pessoas que gostas ou não que condiciona, mas é mais as pessoas com quem estás rodeado. Se essas pessoas forem todas iguais, a China inteira não te chega. Tu vês sempre os mesmos problemas, as mesmas lojas, os mesmos sapatos, os mesmos penteados... Contudo se viveres num lugar onde as pessoas não têm vergonha de mostrar quem são, por mais originais que sejam, então acredita que para ti, esse lugar terá mais espaço do que aquilo que imaginas.
Só tens claro, que remar contar a corrente.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

The Magic of Christmas


12/12/2014

Dear diary,
Sei que tenho andado desaparecida, mas a falta de tempo é algo que parece acontecer com todos... Bem, agora com as férias, talvez haja mais tempo. Ou então, quanto mais tempo se tem livre, menos se faz, não é verdade.
Basicamente não te contei nada sobre este Período, e nem sei se vou perder muito tempo a falar nele... Talvez sim, mas em posts diferentes, não esperes que te conte tudo neste...
Como só agora estou livre de testes, só agora comecei os enfeites de Natal. Eu sou aquele tipo de rapariga que gosta de ter tudo bonito e enfeitado, acho o Natal uma época mágica. Só que ultimamente só se vê pessoas a criticar o Natal: ou porque é uma época exclusivamente de consumo, ou porque as pessoas são falsas, ou por isto, ou por aquilo... Na minha opinião, a pessoa tem que fazer do Natal aquilo que quer. Se não gosta dos presentes e das árvores de Natal, nós respeitamos, mas não estraguem a magia que o Natal é para algumas pessoas. Porque para dizer a verdade, nestes tempos, que época festiva temos melhor que aquela que nos obriga a abrir os nossos corações ao próximo?